segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quinta Noite

Mais uma noite postada. Dessa vez resolvi acrescentar algo a mais (Valeu pela idéia, Paula). Vamos ver se vai ficar bom.... Será que tem realmente pessoas lendo isso? >XD

Sem mais delongas,


Quinta Noite



Paula estava de pé no topo do parapeito do prédio. Seu cabelo negro bem curto esvoaçava um pouco devido ao vento, os olhos cor de mel fixados na fauna noturna metropolitana que cruzava as ruas a toda velocidade. “O que estava fazendo ali?” Era o que a menina se perguntava todos os dias de seus 18 anos. Ela passava cada dia esperando o próximo, como quem aguarda a chegada de algo importante que nunca a encontrava. Seu vestido branco dançava envolta de suas pernas e uma brisa mais forte a fez perder o equilíbrio, quase caindo. Seu coração acelerou no instante em que o pé escorregou e sentiu a firmeza do chão sumir sob seus pés.

A menina despencou com força e sentiu a pancada da cabeça no chão da cobertura do prédio. Ela caíra na parte de dentro. Sentiu a cabeça aquecer conforme o sangue escorria pelo ferimento provocado pela queda. Passou os dedos no ferimento e olhou encarando o vermelho rubro que os cobriam. Ela sorriu desapontada. “Porque caí na parte de dentro?”, a pergunta ecoou na mente de Paula por um longo tempo enquanto ela continuava deitada no chão com uma pequena poça avermelhada se formando ao seu lado e, aos poucos, tingindo seu vestido e deixando seus olhos pesados.

Enquanto sua consciência desaparecia, Paula viu em sua visão turvada uma pequena bola de luz descer do céu escuro e parar sobre ela. A menina ergueu um pouco a mão manchada de sangue e a afundou na luz antes de seus olhos fecharem completamente.

Era uma sensação quente. O vento corria por seu rosto e ela sentia que flutuava envolvida por aquele calor aconchegante.

- Paula? Acorda! Vamos, menina! Não faz isso comigo!

Paula sentiu uma dor aguda na cabeça no local do machucado. Ela Apertou os olhou e tentou abri-los, tendo que apertá-los até acostumar com a luz.

- Isso! Boa menina. Agora levanta, não temos muito tempo.

A menina sentou no chão. O dia estava amanhecendo. Ela olhou em volta procurando quem estava conversando com ela. Mas tudo que achou foi a mancha da poça de sangue – seu sangue – no chão. Ela se impressionou com o tamanho da poça e ficou se perguntando quanto sangue teria perdido.

- Rápido, Paula. Eles vão te alcançar!
- Quem vai me alcançar? Aliás, quem é você?! – Perguntou a garota enquanto se levantava com certa dificuldade.
- Não importa. Não agora... eles estão chegando, precisamos tirar você daí!
- Do que você ta falando...?

Nesse instante, três homens apareceram vindos de algum lugar que a garota não conseguiu saber. Eles usavam roupas pesadas, um deles andava sobre os quatro membros enquanto os outros dois portavam armas. Ela gelou. Pensou em correr, mas seu corpo não obedecia, as pernas tremiam e o suor escorria por seu rosto. A garota começou a olhar em volta procurando algum lugar para se esconder, porém o homem sobre os quatro membros fungou o ar do ambiente e gritou para os outros dois algo que Paula não conseguiu entender. Eles, por sua vez ergueram as armas na direção da menina, que apenas fechou os olhos o mais apertados que pode e prendeu a respiração. Então a voz gritou novamente em sua cabeça.

- Paula, CORRE!

As pernas dela começaram a se mover como se tivessem vontade própria, a garota disparou tão rápido como nunca tinha feito na vida e, em um movimento, apoiou o pé no para-peito e saltou para o edifício vizinho, perdendo o equilíbrio ao aterrissar e rolando algumas vezes. Da outra cobertura, os três homens olhavam parecendo tão incrédulos quanto a própria Paula, que ainda de joelhos, suando e com uma das alças do vestido penduradas, os encarava com os olhos arregalados.

A voz voltou a mandá-la correr e ela o fez. Dessa vez cruzando aquele prédio e pulando para o próximo, então, prendendo a respiração, saltou aterrissando no topo de um poste na rua, onde pegou impulso e pulou novamente para o telhado de uma casa próxima. Os três se entreolharam e sorriram, mostrando os grandes caninos seguidos do brilho rubro no olhar. A maldita garota finalmente tinha sido encontrada. Então, ainda nos primeiros instantes em que a fumaça começava a exalar de seus corpos e a sensação das chamas se formarem em seus corpos, os três desapareceram em alta velocidade para voltar às sombras a que pertenciam.

Paula continuou a correr por um bom tempo. Seu vestido tremulava conforma ela pulava por cima das construções sem nem mesmo se dar conta da inumanidade de seus feitos. As ruas ainda estavam vazias, mas ela se movia tão rápido que dificilmente alguém poderia notar sua presença. A voz se calara fazia algum tempo, mas ela sabia pra onde ir.


Sentado no banco no topo de um prédio condenado, no meio do que mais parecia ser um jardim suspenso, um senhor vestindo um sobre-tudo branco, barba trançada, óculos escuros e longos cabelos brancos presos na ponta sorriu ao ver a menina chegar. Paula o encarou por alguns instantes, então se aproximou.

- Você demorou, Paula. - Eu... Era o senhor quem tava falando comigo, não era? - Sim, mas infelizmente demorei muito pra achar você, criança. Então não poderei explicar-lhe tudo que precisa saber.

Paula não entendeu direito. Então o velho pegou um grande livro fechado por correntes douradas com uma bela capa de madeira coberta de símbolos estranhos a menina.

- Isto é seu agora. Preciso que o proteja. Vão tentar tomá-lo de você, mas não vão conseguir, por que você não vai deixar. Queria poder ensinar como, mas meu tempo é curto. Porém, alguém irá aparecer para ensiná-la, criança. Então, guarde este livro. Ele é a sua vida... e a de todos.
- Como ass... – Paula teve que ser rápida para pegar o livro antes que ele caísse no chão, quase não conseguindo e tombando de joelhos no processo.
– Hei! Não solta o livro assim!


Contudo, ao levantar os olhos para encarar o velho, Paula encontrou apenas um banco vazio com alguns pontos luminosos ainda se apagando. A garota observou a cena por alguns instantes, então voltou a olhar para o livro, notando que sua mão esquerda, antes suja de sangue, agora estava coberta por símbolos esquisitos em vermelho, que cintilavam em sua pele clara conforme ela encostava no estranho livro. Aos poucos, um sorriso foi se abrindo em seu rosto.

Parecia que o algo importante que ela sempre esperara a havia encontrado.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Terceira noite

Atendendo a pedidos (né, Frabricio :P), escevi a terceira noite. Tédio =_=... Ah, sim! Paula se ofereceu pra revisar os textos! Brigado *u*


Terceira noite

Thiago observada a movimentação nas ruas da janela do hotel. Fazia dois dias que ele havia sido mordido e transformado em um vampiro. Ele ainda não conseguia se acostumar com a idéia. Fechou os olhos e as lembranças de seu despertar numa cobertura, ser atingido por um tapa e voar de um lado ao outro do lugar vieram a sua cabeça. Seus ossos estalando e se regenerando das fraturas. Não havia outra explicação, por mais que procurasse. Ele era um vampiro agora.

O rapaz deu a volta e encontrou uma mulher parada na porta. Era jovem, cabelo negro meio ondulado descendo por seus ombros. Pele alva, olhos verdes. Seu nome era Lucy, era a vigia de Rhuan. Ele não entendia direito o que exatamente um vigia fazia, além do que parecia óbvio que era vigiar Rhuan durante o sono. Thiago sentou-se na beirada da cama. Era estranho ser um vampiro e não dormir em um caixão ou algo assim. Não tinha visto o quarto de Rhuan, mas pelo menos ele dormia numa cama.

- O mestre está esperando na sala. – falou a mulher com voz fria e forte sotaque francês. Então saiu do quarto deixando a porta aberta.

Sem muita pressa, Thiago foi até a sala. Não lembrava muito bem o que acontecera antes dele apagar no dia de sua transformação, nem como foi parar naquela suíte. Acordou no dia seguinte ainda fraco, e Rhuan o apresentou para a mulher. Disse que ela o guardaria durante o sono e que ele estava seguro lá.

Thiago chegou na sala onde Rhuan estava sentado em sua poltrona lendo um livro antigo em uma língua que o rapaz não soube identificar.

- Lucy falou que você tava me esperando.
- Na verdade, lendo. Mas também esperando você. Como se sente, cara?
- Acho que... Bem. Nada mal pra quem tá morto, né?
Rhuan riu.
- Agora é a parte que você começa a ficar sentimental e pede pra voltar pra sua família e blábláblá? – indagou Rhuan fechando o livro e o colocando na mesa ao lado da poltrona.
-... Quando encontrar eles... – ensaiou Thiago procurando as palavras certas – Eu não vou... Sabe, querer morder eles ou algo assim?
- Por enquanto e se não estiver com fome, não. – respondeu o vampiro abrindo seu sorriso infantil – Você quer ir fazer uma visita?
- Melhor não. Eu moro sozinho, num apartamento que pagava com a grana de umas fotos que eu fazia. Ligo todo dia. Pra não acharem que fui seqüestrado, morri ou algo assim...
- Mas você morreu, Thi. – rebateu o vampiro animado. Thiago continuou olhando para Rhuan, sem saber o que falar – To brincando, cara, relaxa. Eu vou te dar um celular... Acho que quebrei o seu no outro dia. Então, enquanto ainda se importar com eles... Porque logo você vai deixar de se importar... Pode falar com eles. Até fazer uma visitinha, se quiser. Só lembra de ir à noite e alimentado, afinal, não vai querer comer sua família, não é?

A resposta de Rhuan fez o rapaz ficar aliviado e, ao mesmo, tempo foi o anúncio de um destino inevitável. Ele se aproximou do companheiro, que fez um gesto para que ele se sentasse.

- Você não vai sair pra morder alguém hoje? – perguntou Thiago enquanto o vampiro ligava uma grande TV que ocupava grande parte da parede.
- Você quer? Se quiser podemos ir.
- Não! Não! – Disparou Thiago se agitando no sofá – Quer dizer... Não, eu tô legal.
- Ótimo. Qualquer coisa pode pedir pra Lucy trazer alguma coisa. Você foi transformado há dois dias. Acho que ainda deve sentir fome de comida humana. – Comentou Rhuan displicente enquanto Lucy trazia um telefone para Thiago. – Quando acabar, se quiser, hoje é dia de Halo Night! – Falou o vampiro animado com seu largo sorriso de criança no rosto.

Thiago se afastou com o telefone enquanto ligava pra casa.

- Alô, mãe?...É, sou eu. Não, não, tá tudo bem. Só queria saber como vocês tão aí em casa. ...Olha, mãe, eu queria avisar que mude...Que me mudei. É, to dividindo um apartamento com um amigo da faculdade... Não, ele é legal, sem problema. Depois te ligo de novo mandando o endereço, tá. É que acabei de mudar...Ainda não me acostumei com a nova...Casa... Então, foi só pra isso. Tá, eu me cuido. Pode deixar. To...To gostando, sim. Não se preocupa, não, tá? O quê? Não, mãe, que isso, eu chorando? Até parece! É impressão sua. Ligação que deve tá estranha. Se cuida, viu? Diz pro pai e pra Tina também se cuidarem. Tá... Também te amo.



Sétima Noite

Bom, tive alguns problemas no pc (meu HD foi pro espaço), mas felizmente (Obrigado Seiren, já falei que te amo? ;D) consegui recuperar o texto das crônicas. =]

Então...

Sétima Noite

Thiago despertou com o anoitecer. As pesadas cortinas já estavam abertas e a lua crescente no céu sem estrelas. Verificou o torso para confirmar a regeneração. Sabia que era desnecessário, mas ainda mantinha a mania de verificar sempre que acordava.


Nos últimos sete dias vinha aprendendo mais sobre a nova vida que lhe fora dada. Sabia que comparado a maioria ainda era muito fraco, e por isso não deixava o novo apartamento sozinho.

Levantou e foi até a sala, onde Rhuan estava sentado assistindo ao novo episódio de Lost na TV enquanto Lucy, ajoelhada ao seu lado, acabava de beber uma dose de sangue do vampiro.

- Lucy, querida, já é o suficiente. – disse o vampiro dando dois tapinhas de leve na cabeça da vigia – Agora volte ao trabalho.
Então se virou para Thiago e abriu o sorriso.

- E aí, cara, pronto pra comer? Hoje vou te levar pra conhecer um amigo meu.
- Que amigo?
- Hoshi, ele tem um pub aqui por perto e me chamou pra fazer uma visita.

O vampiro desligou a TV, enquanto Lucy lhe trouxe um casaco preto que se alongava até os joelhos.

- Hum... Tá muito “anjos da noite”?

Thiago olhou para o amigo e os dois começaram a rir enquanto entravam no elevador.

- A gente nunca vai sair pulando pela janela ou algo assim?
- Pra você ter que passar duas horas regenerando as pernas? Um dia, quem sabe.
- Por que a Lucy tava bebendo seu sangue? – indagou Thiago enquanto passava a mão bagunçando o cabelo.
- Cara... Você sabe o que é um vigia?
- Alguém que guarda o vampiro durante o sono?
- Quase isso. Além de velar o sono, um vigia também guarda nossa casa e, quando necessário, também funciona como “guarda costas”.
- Por que um vampiro precisaria de um guarda costas?
- Para fazer as coisas de forma discreta. E beber nosso sangue ajuda.

Quase uma hora depois, os dois chegaram em frente a um grande estabelecimento de dois andares, com janelas espelhadas que tomavam quase toda a parede e uma grande fila de espera do lado e fora. Um letreiro em neon azul formava a palavra JUMP, nome do estabelecimento.

- Me diz que a gente não precisa ficar nessa fila, vai.
- Não, não precisamos. A gente vai pela entrada alternativa.

Respondeu Rhuan sorrindo como uma criança enquanto dava a volta pela calçada até a lateral da JUMP. Então, em um salto, o vampiro chegou até quase o topo do segundo andar, fincando a ponta dos dedos na parede e impulsionando até o telhado. Thiago, que não havia se acostumado às demonstrações de poder do amigo, observou a cena ainda sem acreditar em sua nova realidade.

- Vai ficar aí embaixo até amanhecer, cara?
- E eu lá consigo dar esses pulos de desenho japonês que nem você?
- Não... mas você pode dar uma escalada a lá Homem-Aranha.
- Eu sei, eu sei. Mas espera que isso demora.

Rhuan se espreguiçou enquanto Thiago concentrava-se em aprimorar as unhas até que estivessem no ponto de perfurar a parede, então começou sua escalada até o topo do sobrado.

- Lerdo. – Deboxou Rhuan com o olhar fixo na calçada oposta a JUMP.
- O que foi?
- Ele chegou.
- Seu amigo?
- Não... O Bart! – respondeu Rhuan indicando a direção com a cabeça.

Thiago seguiu o olhar do amigo até encontrar um homem de meia idade, encostado em uma chopper. Ele devia ser mais alto que os dois, calvo com um rabo de cavalo grisalho, um grande bigode branco e roupa social com as mangas dobradas, deixando o antebraço à mostra. Em cada um deles o rapaz podia ver a tatuagem de um ceifador com rosto de mulher, vestindo um manto coberto de cruzes.

- Precisamos sair daqui. – disse Rhuan em tom sério, porém seus olhos cintilavam de empolgação.
- Por quê? Por causa dele? Achei que vampiros fossem os fodões da noite. E ele não é um vampiro.
- Não, ele não é. O nome dele é Bartolomeu, mas chamamos ele de Bart. E ele é um caçador noturno. Sabe o que isso significa? –indagou Rhuan voltando a deixar seu sorriso infantil aparecer.
- Que ele caça vampiros a noite? Dãh.
- Basicamente, sim. Mas não é só isso. Caçadores têm um modus operanti definido. Geralmente se juntam para fazer investidas durante o dia, enquanto estamos adormecidos e eles só precisam se preocupar com guardiões. Mas caçadores noturnos são de um nível completamente diferente. Tá vendo as tatuagens? Cada cruz é um vampiro abatido. E, cara! Como ele já matou dos nossos! Vou te falar, chego a ser fã dele.

Thiago pareceu ser pego de surpresa pela declaração de Rhuan.

- Pensa bem. Ele é humano, e mesmo assim ele atravessa nossos corações e decapita a gente como se fossemos iguais. Você não tem condição de lutar contra ele agora. Se os boatos tão certos, ele já matou até um Mestre de Casa. Volta pro apartamento. Tenho que avisar ao Hoshi.
- Por que não ataca enquanto ele ainda não viu a gente?
- Porque ele já viu a gente.

Rhuan sorriu e entrou por um alçapão escondido no telhado do estabelecimento. Thiago continuou no telhado por alguns instantes e então saltou para a parede do prédio ao lado escalando os outros cinco andares até seu topo. Então parou pensativo, respirou fundo e disparou na direção do JUMP, saltando sobre o sobrado e entrando pelo alçapão.

Mal alcançou o chão e foi surpreendido por um par de lâminas cercando seu pescoço como uma tesoura afiada. O rapaz esboçou uma reação e antes que pudesse completar sua ação foi arremessado contra a parede pelos dois vultos completamente vestidos de preto e encapuzados.
- Chega! Haki, Sai, é o suficiente. Creio que o cavalheiro esteja com você, Rhuan-san?
- Peço desculpas, Hoshi-sempai. Ele ainda é novo.

Os dois vultos voltaram a ladear o japonês com quem Rhuan conversava e bebia. Ele era mais baixo que Rhuan, cabelo longo e liso preso na ponta e usava um elegante terno branco. Seus olhos vermelho incandescentes revelavam a natureza vampírica.

- Se temos caçadores noturnos cercando a JUMP, é melhor avisarmos a nossos irmãos e nos prepararmos para o confronto. Sai, avise para emitirem o sinal de alerta. Quero todos os guardiões preparados.

O vulto com quem Hoshi falou fez um movimento rápido com a cabeça e desapareceu nas sombras. Thiago se conteve para não comemorar. Ninjas! Há uma semana ele havia se tornado um vampiro, e agora acabara de encontrar com ninjas! Virou para Rhuan com um grande sorriso no rosto sem nem mesmo perceber, e o amigo, ao notar, também deixou uma risada rápida escapar enquanto fazia uma ligação no celular.

Em pouco tempo o estabelecimento estava vazio. Clientes foram induzidos a deixarem o local, que agora estava preparado para ser palco de uma batalha com os caçadores.

A porta dupla da entrada abriu lentamente, no ambiente sem luz, Thiago utilizou sua visão noturna para acompanhar um objeto oval rolar até o meio do salão. Ele sabia o que era, ou pelo menos pensou saber. Rapidamente se atirou no chão esperando a explosão. Não houve tremor e o vitral do segundo andar não se estilhaçou. Ao invés disso, a sala foi invadida por uma claridade tão intensa que começou a fazer o corpo do jovem vampiro fumegar.

Haku e Sai se colocaram na frente de Hoshi, para protegê-lo da luz, enquanto Rhuan pegou Thiago pela gola da camisa e se jogou para trás do bar da sala. Era o que os vampiros chamavam de granada de sol. As coisas não iam bem. Logo tiros começaram a ser ouvidos no andar de baixo. Seguidos de mais explosões de granadas de sol para impedir a ação dos vampiros. Aquele não era um ataque qualquer, era uma operação planejada contra Hoshi.

Os três vampiros recuaram pelo alçapão no teto para campo aberto, onde as granadas não teriam tanto efeito. Grande erro. Um helicóptero esperava os três, passando num vôo rasante por cima do JUMP enquanto um caçador disparava balas de prata com uma metralhadora.

- Merda! Se abaixem!

Thiago gritou desesperado se jogando no chão com as mãos sobre a cabeça. Seus dois companheiros apenas observavam. Rhuan com o sorriso de sempre no rosto, apenas um pouco mais empolgado, e Hoshi com sua face inexpressiva e os longos cabelos revolvendo com o vento. O jovem vampiro por um instante ficou sem entender o que acontecia, até que o helicóptero deu a volta e Haku surgiu saindo das sombras ao lado de seu mestre estendendo uma katana a ele.

Os tiros voltaram a ser disparados, Rhuan pareceu desaparecer e reaparecer ao lado de Thiago, o erguendo com uma das mãos e atirando para um dos prédios vizinhos. Ele rodou no ar e caiu sobre os quatro membros, mais parecendo um felino enquanto seus olhos reluzindo rubros acompanharam o vampiro japonês empunhar a katana e como um relâmpago desembainhá-la traçando um arco sobre a cabeça e voltar a guardá-la. O movimento foi tão rápido que pareceu um borrão até mesmo para a visão sobrenatural de Thiago. Instantaneamente o helicóptero emitiu um grito de metal se partindo e aos poucos foi se dividindo em dois com a parte da frente caindo sobre a JUMP ao mesmo tempo em que a parte traseira rodopiava e ameaçava bater nos prédios vizinhos. Os dois caçadores a bordo da nave saltaram, sendo pegos antes de atingirem o chão por Rhuan.

A explosão do choque do helicóptero contra o prédio ofuscou a visão de Thiago por alguns instantes, o suficiente para que os dois caçadores salvos por Rhuan virassem quatro pedaços de carne e manchas de sangue da cobertura do prédio. Então mais uma explosão das granadas de sol fez o rapaz saltar de cima do prédio e cair no estacionamento, longe dos destroços em chamas que choviam do outro lado e dos caçadores que agora cercavam o prédio.

Thiago saltou para a calçada e se concentrou para fazer as garras crescerem. Se queriam matar ele, iriam ter trabalho. Correu mais veloz do que já havia corrido a vida toda e aproveitou o impulso encravar o punho atravessando através das costas até o tórax de dois dos caçadores, então sem nem mesmo perceber emitiu uma espécie de rosnado deixando os dentes a mostra e os olhos brilharem intensamente. Lambeu avidamente o sangue que escorria por seu punho conforme se curvava em posição para um bote rápido contra qualquer um dos oito caçadores que o cercavam. O gosto doce do sangue descendo por sua garganta fez com que começasse a ouvir a voz fria e carregada de ódio da besta no fundo de sua cabeça, clamando por ser solta e pelo sangue daqueles humanos. Thiago voltou a rosnar para os caçadores e em velocidade sobre humana decepou o braço de mais dois que lhe apontavam um par de metralhadoras modificadas, então girou acertando o próximo com a palma da mão aberta, atirando-o contra a parede da JUMP. Foi quando teve uma sensação diferente, virou instantaneamente para trás, encontrando o velho Bart o encarando por trás dos óculos escuros. O jovem vampiro saltou, enquanto o velho caçador apenas ajeitou os óculos.

De repente, o abdome de Thiago começou a arder como se pegasse fogo. O rapaz caiu aos pés do caçador novamente com as feições humanas e as mãos envolvendo o próprio corpo. Duas balas de prata o haviam atingido no momento do salto. Sentia o corpo ficar dormente enquanto o velho apenas observava tirando uma 45 prateada do coldre e a apontava para seu coração.

O velho Bart não falava nada. As batidas de seu coração não sofriam alteração alguma. Ele apenas apontava a arma para o vampiro ainda jovem e o eliminaria ali mesmo, antes que pudesse crescer e se tornar uma ameaça maior. Era mais um adolescente. Eles vinham aparecendo em número cada vez maior nos últimos anos. Adolescentes idiotas querendo virar crias de demônio. Vidas jogadas fora por imaturidade misturada com excesso de hormônios. Bart encostou a arma no peito de Thiago, que tremia encarando o caçador noturno sem conseguir nem mesmo mostrar as presas. Era o fim daquele infeliz transformado.

Rhuan acertou Bart com um chute potente o suficiente para fazer o externo do velho sair pelas costas. Porém o caçador apenas voou alguns metros e caiu longe de Thiago, que tremia no chão se contorcendo de dor. Ele olhou para o companheiro e então saltou como um relâmpago sobre o caçador. Não tinha vontade de matar Bartolomeu. Mas não podia deixar uma cria morrer. Ele deixou os olhos se inflamarem e o rugido fazer seu papel, enchendo o coração dos humanos mais próximos com tanto pavor que eles não seriam capazes de intervir na batalha. Bart rolou para o lado rapidamente, descarregando um pente inteiro de balas de prata contra Rhuan, que apenas desviava de cada tiro e se aproximava do caçador. Do outro lado da rua, os demais caçadores que não estavam paralisados de medo, enfrentavam Hoshi. Enfrentar não era bem a palavra. Tentavam sobreviver a Hoshi.

Bart suspirou enquanto soltava as armas e girava desviando de mais um ataque do vampiro. Ele sabia que aquele ataque não devia ser feito, mas a fundação insistiu em eliminar um centenário. Claro, por que não era a rabo deles que iria ser partido em dois naquela noite, literalmente. O suit ainda tinha carga o suficiente pra cerca de 10 minutos de combate, mas contra Rhuan era o equivalente a 2. Que sorte, ir numa caçada suicida contra um centenário, e acabar encontrando dois.

Rhuan acertou um golpe com suas garras no peito de Bart, arremessando o caçador mais alguns metros e expondo o suit que ele usava por debaixo das roupas. Maldita tecnologia. Era tão mais prático quando os humanos corriam atrás deles com crucifixos e água benta achando que teriam algum efeito. Água benta de padres que escondiam tanta sujeira quanto eles nos armários do clero e crucifixos empunhados por pessoas que acreditavam que algumas moedas de outro lhes compraria um lugar no céu. Bons tempos. Agora matar esses inconvenientes dava mais trabalho, e matar um com mais de quarenta anos de experiência na briga, era pior ainda.

Bart ofegava enquanto se erguia do chão encarando Rhuan. O vampiro vinha andando em sua direção com os olhos flamejantes. O caçador se jogou para o lado desviando de uma espécie de lâmina negra que se alongava do poste na tentativa de lhe atravessar a cabeça.

- Esse é o grande Bart! – Exclamou Rhuan animado.
- E você seria...? Desculpe, é que não consigo lembrar os nomes de vocês direito depois de já ter matado tantos. Eu acabo confundindo. – rebateu Bartolomeu irônico.
- Bart, Bart. Sempre um comediante. Por que você não se aposenta? Prometo que não vamos atrás de você depois que tiver velho, gordo e com o colesterol astronômico.
- Por que vocês não param de transformar e matar pessoas inocentes?
- Você sabe – falou Rhuan enquanto suspirava se aproximava mais do caçador – que se fizermos isso vamos morrer e nos extinguir.
- E isso seria ruim?
- Eu, particularmente, acredito que sim. Você não? – Rhuan voltou a sorrir. Bart também.
- Não.

Nesse instante, Rhuan ouviu o zumbido de algo se aproximando. O vampiro saltou a tempo de escapar do impacto de uma granada de sol que explodiu o cegando momentaneamente, tempo suficiente para o caçador escapar. Rhuan podia perseguir Bart, mas apenas sorriu e voltou para pegar Thiago que agonizava.

Tinha sido uma noite e tanto.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Primeira Noite

Bom, história que resolvi fazer pra passar o tempo. São várias noites diferentes contadas numa ordem não cronológica, mas que podem ser lidas na ordem depois... Bem, mais ou menos. Nem toda noite serão necessariamente os mesmos personagens, mas todas partes da mesma história. =]

Então é isso.

Primeira noite

Thiago abriu os olhos lentamente, ainda com a visão um pouco nublada. O vento frio batia em seu rosto enquanto o rapaz ouvia o bater de asas de alguns pássaros ao longe. Passou a mão direita pelo rosto e esfregou, ainda tentando despertar completamente e sentou-se no banco quase em câmera lenta. Seus pés não conseguiram achar o chão. Ele olhou pra baixo por reflexo, deparando com a distância de 11 andares entre seus pés e a calçada. Com o susto, o rapaz se jogou para trás, caindo para a parte de dentro da cobertura do prédio onde estava e conseqüentemente, encontrando um jovem sentado um pouco mais atrás dele, sobre um bloco de concreto de aproximadamente meio metro.

O desconhecido sorriu amigavelmente para Thiago enquanto acenava de leve com uma das mãos, então se levantou apoiando as mãos no joelho e limpou o jeans verde escuro antes de se aproximar.

- Cara, você dorme muito! Sabe a quantas horas tô aqui esperando pra falar contigo? – resmungou o rapaz ainda sorrindo.

- Hein? Comigo? Que que cê quer? Aliás – falou Thiago com esforço enquanto se virava e ficava de pé – o que eu tô fazendo aqui?!

- Dormindo, né, amigão? Dormindo e roncando! Mas tudo bem, é tua primeira noite mesmo. Então, você quer a versão clássica do discurso ou posso fazer o resumo?

- Discurso? Do que cê ta falando?

- Versão resumida, então. – escolheu Rhuan despreocupadamente – Cara, parabéns! Você é um vampiro!

- QUÊ? Tá de sacanagem com a minha cara? Não tenho tempo pra isso, não, ô loirinho. – caçoou – agora dá licença que não sou chegado nessas coisas não.

Rhuan deu um leve suspiro e uma olhadela no horizonte de cima do prédio. Ele podia ver as ondas quebrando na praia de Copacabana dali. E como se abanasse uma mosca, acertou no rosto de Thiago um tapa com as costas da mão. O rapaz não teve nem mesmo tempo de reagir. Foi arremessado através da metade da cobertura, se chocando contra a parede da estrutura do elevador e quicando de volta para o chão. Sua visão embaçada via tudo rodar, ao mesmo tempo que sentia alguns ossos partidos do lado direto do corpo e tossia um pouco de sangue.

- Acho que isso deu pra convencer né, cara? Não tô com tempo pra te fazer acreditar em mim. Tenho muita coisa pra mostrar para você, e daqui a pouco o sol nasce. E aí a gente brilha... Não do jeito que você tá pensando. É mais do tipo combustão espontânea, sabe qual é? Uns dez segundos e você tá saindo fumaça, um minuto e você tá berrando enquanto vira churrasco. Legal, né?

Thiago ouvia o discurso de Rhuan de forma distante, ainda vendo o mundo girar pela pancada que levara.

- Agora, levanta que tá na hora da lição número 2.

Rhuan ajudou Thiago a se levantar e os dois desceram pelo elevador até o térreo do prédio. Durante a descida, o rapaz foi sentindo seus ossos estalando e retornando ao lugar, num processo nada agradável de se passar. O suor escorria por seu rosto enquanto ele encarava o companheiro que apenas balançava despreocupadamente a cabeça acompanhando a música de fundo que tocava.

Em pouco tempo ambos estavam atravessando o hall de entrada do prédio, despercebidos pelos outros visitantes. Rhuan acenou de leve para uma bela arrumadeira morena, que sorriu de volta para o rapaz. Ele era alto, olhos castanhos e cabelo castanho claro ondulado. Usava calça jeans verde escuro, jaqueta vermelha e blusa branca. Não devia ser muito mais velho que Thiago, pelo menos era o que parecia. Thiago era um pouco mais baixo, calça jeans de um azul desbotado, all star branco e blusa preta do Audio Slave. Mantinha o cabelo bagunçado que, assim como os olhos, era negro. Havia acabado de passar no vestibular de história, mas sua verdadeira paixão era a fotografia. A última coisa que lembrava era de ter ido à orla para fazer algumas fotos aproveitando a luz do anoitecer e, de repente... Acordar no alto do prédio.

Saíram do prédio e foram caminhando pelo calçadão. Thiago via o companheiro observar tudo com um interesse arteiro, enquanto ele mesmo ainda se recuperava agüentando a dor de alguns ossos de seu ombro se curando de fissuras.

- Sabe, você vai precisar comer logo, logo.

- Hei! Comer? Tipo, chupar sangue alheio?

- E de que outra forma seria, cara? Vou te mostrar como fazer nas horas de aperto, antes que tu fique maluco correndo por aí.

Os dois seguiram até as ruas menos movimentadas e se acomodaram no banco de um ponto de ônibus. Thiago começava a sentir as primeiras contrações em seu corpo, como se seu organismo pedisse por alimento.

- Falei que tu ia precisar comer. Mal nasceu e já teve que consertar o ombro esmagado.

- De quem foi mesmo a culpa hein?

Thiago ficou com um ar meio emburrado e meio sem graça, o que fez o companheiro rir.

- Então, Thi... Posso chamar de Thi, né? Que tipo você prefere?

- Como assim tipo?

- Loiras, morenas... homens?

- Porra! Tá achando que sou o quê?

- Que foi? Só por que sou vampiro? Não tenho preconceito com a preferência dos outros, não. Eu gosto de ruivas! –acrescentou o vampiro abrindo um largo sorriso infantil.

- Vou ter mesmo que chupar o sangue de alguém?

- Beber o sangue, chupar é pejorativo demais, cara. Vai sim, isso ou tu definha aí até morrer de vez.

- Acho que não vou conseguir, não. Só de pensar já embrulhou o estômago.

- Relaxa, é tua primeira noite. Tu vai ver que daqui uns tempos vai ser que nem ir em lanchonete. Olha o que tem, escolhe e come.

- Mas é gente!

- Comida. Você fica com pena de comer hambúrguer por que mataram a vaca? Então. Não vai demorar pra você não ligar de beber sangue por que matou alguém.

Os dois se entreolharam por alguns instantes até que uma jovem loira, de vestido azul claro e curto parou esperando seu ônibus, que fez Thiago lembrar de uma garota da faculdade. A barriga de Thiago voltou a contrair ainda mais forte. A garota usava um perfume doce. Rhuan sorriu ao ver os olhos de Thiago se enrubescendo rapidamente. Ela sentiu sua cabeça ser puxada pra trás enquanto era derrubada de bruços no chão. Thiago percebeu que o cheiro doce não era perfume, e sim sangue. Ela sentiu duas agulhas se cravando na base do pescoço e tentou se debater. Thiago segurou firme os punhos da garota com uma das mãos, enquanto envolvia seu pescoço com a outra. Ela tentou gritar, mas sua voz não saía. Ele nunca tinha provado algo tão bom na vida.

O sol apareceu no horizonte enquanto Lucy, a vigia de Rhuan, acabava de fechar as pesadas cortinas do quarto de hotel que o vampiro morava. Ele já estava em transe na grande cama, enquanto Thiago apagou no sofá depois de ter repetido a refeição três vezes e não se recordar disso. Foi a primeira vez que perdera o controle para a besta. E não seria a última, nunca é.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A corrida dos sensores de movimento nos games

Cada vez mais a tecnologia avança, e os consoles acompanham esse avanço em gerações cada vez mais potentes e com maiores recursos. Hoje já é possível jogar através de redes online próprias de cada console com pessoas de qualquer lugar do mundo, assim como baixar expansões para seus jogos. Agora, o mundo dos games passa por um período onde os sensores de movimento são a grande sensação.


O Nintendo Wii, console que representa a Nintendo nessa última geração, iniciou essa corrida ao utilizar seus controles inovadores (wiimote e nunchuk) para captar o movimento que o jogador fazia e reproduzi-lo no jogo. A aposta da Nintendo no Wii foi grande. O novo console apostou numa jogabilidade casual, com jogos mais simples e fáceis de se jogar, o que atraiu novos usuários e gerou certa insatisfação por parte dos jogadores tradicionais. Porém o Wii foi um sucesso e acabou por ditar o novo caminho para onde os jogos iriam.

Com todo o sucesso dos sensores de movimento da Nintendo, não demorou para as outras duas grandes empresas do ramo, a Sony e a Microsoft, também anunciarem periféricos que possibilitassem a seus próprios consoles essa função.

Na Game Developer's Conference de 2010, um ano após o anuncio de seu projeto, a Sony mostrou seu PlayStation Move. Muito semelhante ao controle do Wii, o PlayStation Move, segundo a produtora, terá a capacidade de gravar e reproduzir movimentos mais desenvolvida que o primeiro, com a possibilidade de ser utilizado em aplicações de realidade aumentada.

A gigante Microsoft, que finalmente firmou seu lugar no mundo dos games com o Xbox 360, também entra na corrida dos sensores de movimento. Para isso, anunciou o Project Natal, um conjunto de câmeras que gravam os movimentos do jogador e os transfere para a tela de jogo, dispensando a necessidade de um controle. O sistema se adapta automaticamente ao jogador que se coloca na frente da câmera, chegando até mesmo a modificar o personagem do jogo para personificar melhor o jogador.

Além disso, os sensores ainda são capazes de reconhecer outros detalhes, como, por exemplo, a força aplicada nos movimentos. É o que acontece em Ricochet, jogo utilizado no vídeo demonstrativo do Natal. Segundo Erik Brudvig, repórter da ING que também participa do vídeo, demora um pouco para se acostumar a nova jogabilidade e há uma pequena diferença entre o momento que você se mexe e o momento em que seu avatar no jogo começa a se mexer.

De acordo com a Microsoft, o Natal funciona sob qualquer condição de iluminação, uma vez que possui um sensor infravermelho com capacidade suficiente para detectar o calor corporal do usuário e utilizá-lo para gravar seus movimentos. Porém, até agora essa função não foi demonstrada, com exibições do aparelho feitas sempre em condições favoráveis, iluminação satisfatória e pouca interferência no ambiente.

Quanto à questão da compatibilidade de jogos com o Projeto Natal, Tsunoda afirma que jogos já lançados não serão compatíveis. A justificativa se baseia na necessidade de modificar grande parte do código do jogo para que haja essa possibilidade. Fator que impossibilita até mesmo o lançamento de patchs, atualizações para os jogos, que possibilitem a compatibilidade.

Segundo informações recentes, o Project Natal deve ser lançado em novembro deste ano, o preço girando em torno de U$50 e U$80, com 14 jogos já prontos para serem lançados.

confira mais algumas noticias sobre o Projeto Natal: